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No breu, diante do espelho (capítulo inicial)
Dar um passo para frente e dois para trás é sempre menos ruim que somente dar dois passos para trás.
Há dias alegres. Também os tristes. — Sobreviva aos tristes.
Dizem que "tudo tem jeito, menos para a morte". Não, nego-me a crer tão pequeno e simples. Há um Criador piedoso; nosso interior testifica a certeza. Ele, o Criador, há de recompensar nossa triste efemeridade na Terra. Quero crer. Há jeito para tudo, sim, no futuro compreenderemos mais, e a saudade e o desespero por tantas perdas misteriosas vão se nos transformar em completude e paz perfeita.
Devido a tanto mal disseminado, muita gente olhará com desconfiança sua boa intenção. Não se preocupe com isso, continue a fazer o bem e a ser a pessoa mais justa que conseguir. Não se deixe esmorecer em luz: ilumine humildemente o que puder, pois ao redor de alguma chama já não é breu. E você precisa continuar a ver.
Valorize tudo o que possui. Mas principalmente o que é alicerçado em dignidade franca, humildade sincera e amor desinteressado. Isto é ser valoroso: dar valor ao que, por mais dinheiro que tenhamos ou venhamos um dia a ter, nunca poderemos comprar.
Se lhe digo, digo antes para mim: você é a Humanidade: regenere-se.
Claro, todas as nossas decisões devem ser balizadas na paz interior. Mas também respeitando a todo custo a paz do próximo. Porque, infelizmente, há aqueles que conseguem sentir paz mesmo ultrapassando os limites dos outros.
1. Procurar ajustar nossos pensamentos e ações à paz e à benignidade; e 2. Motivar-nos com o que está a nosso alcance no momento atual. Pronto: estamos bem perto de ser felizes para sempre.
Não sei, mas creio ser mais prudente ter um pé atrás com a máquina ininterrupta de renovar modernidade imposta a nós, principalmente a nossas crianças e a nossos adolescentes. A tal "era da informação" tem desinformado exageradamente. Um pé lá, outro cá, e, com jeito, todo mundo se equilibra bem.
Há traços de angústia? Pare. Não faça. Ao menos agora.
Não é proibido ficar triste de vez em quando. Nem perder de vez em quando. Desconfie de sorrisos fixos. Não baseie seu bem-estar na obrigatória "felicidade perfeita" que tentam mostrar por aí. Por um único e óbvio motivo: isso não existe. Não neste mundo.
Em meditação profunda vislumbramos nosso eu verdadeiro. Nada nos é necessário além de simplesmente ser, em paz transbordante inexplicável. Problemas existem só quando emergimos novamente à chamada "vida real". E, ao contrário do que insistimos em perceber, o real não é aqui. Somos mais e estamos além. Somos perfeitos e sempre estamos bem.
Lutemos contra a estranha força que insiste em se estabelecer mundo afora: a futilidade. É tempo de crescer, portanto não nos deixemos hipnotizar por esta pequenez.
Ser quem somos já dá um trabalho imenso. Ser quem não somos deve tornar-se insuportavelmente cansativo. E, como às vezes sou meio preguiçoso, prefiro logo ser eu mesmo.
Jamais fira seus limites por vaidade ou para agradar quem quer que seja. Isso nunca deu certo. Isso não traz paz. Se for para ultrapassar suas marcas, faça-o por alegria genuína. Isso é vencer de verdade.
Se acredito em milagres? Como não? Estamos imersos neles.
Se a vida às vezes pode ser triste, podemos ao menos fingir não ligar: enganemos a vida inventando pequenas alegrias.
Um único movimento de olhos em direção ao que desejamos não deixa de ser caminho.
Satisfaça-se sempre com o que já conseguiu. Mais ainda com o que é por dentro, moralmente. Jamais se compare com os outros, apenas se aperfeiçoe e caminhe. Essa satisfação de agora é que traz a força para ser mais de você e para ser feliz consigo hoje e amanhã.
Você pode subir muitos degraus. Não há limite na escada da vida. Só não se esqueça, no afã de subir, de apreciar a beleza da paisagem, altura por altura, degrau por degrau.
Todos temos problemas. Não há uma pessoa sequer que saia ilesa da pancadaria covarde do cotidiano. Então, acalme-se, respire, ajuste a mente, dê um jeito de encontrar sua própria felicidade e siga em frente, em paz. Somos sempre mais do que imaginamos.
Está claro 1: nossa era é fundamentada na competição entre egos infantilizados e nas consequentes alegrias ilusórias de uns e nas duras tristezas de outros. Poucos conseguem (e somente em alguns momentos de lucidez) perceber nossa pobre efemeridade e, portanto, a idiotice de tal corrida sem trégua.
Está claro 2: o desejo vazio e sem freio por poder e dinheiro é um triste equívoco, proveniente do baixo desenvolvimento interior de muitos. Na atual idade do mundo, o ser humano deveria estar preocupado, sim, em competir (e somente consigo mesmo, tendo dinheiro ou não, tendo poder ou não, cada qual em seu nível) no esforço de melhorar a cada dia suas ações benevolentes a quem necessita de ajuda basal à dignidade. E fazer essas ações do bem em alegre e humilde silêncio. O resto — perdoem-me — é cegueira e dá náuseas. Puxa, isso é tão óbvio, é só ir a um velório e ser o mínimo inteligente.
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