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PEQUENO TRECHO DO OPÚSCULO
“VIVA A EDUCAÇÃO!”
Educar e educar-se
A curiosidade infinita de uma criança é a semente do que é a educação. O sentido da educação. Questionamentos, erros e acertos. Só que, para ser fruto maduro (e bom), é necessária a ambiência correta, é preciso o cuidado correto. Aí entra a função dos pais, dos responsáveis, dos professores.
Uma pessoa educada é bem-vinda a quase todos os lugares. E, com certeza, a todos os lugares bons.
Vigiemos com afinco a educação de nossos filhos, netos, sobrinhos, alunos. Prestar a atenção nisso é um investimento sem comparação: ao menos algo de nossa boa influência ficará na mente dos pequenos, e, quando crescerem, serão de fato grandes, no melhor sentido da palavra.
Recebemos todo tipo de “educação”. Entre aspas... A rua pode educar, mas educar mal! Contradições da palavra “educação”? Portanto haveremos de nos esforçar por boa educação, educação fina, de qualidade, de bons costumes. Estejamos alerta, de olhos abertos no que nos oferecem na mídia chamada “gratuita”, que de gratuita não tem nada. Reflita, não aceite tudo. Busquemos coisas boas, e não tenhamos medo de ser diferentes se o diferente for melhor e mais sadio, desenvolvendo-nos para o bem.
Educar é ensinar a dizer com sinceridade “obrigado, com licença, por favor”; e também ensinar e ensinar-se, continuamente, a buscar de coração uma boa cultura.
Que maravilhoso viver num mundo educado. Ainda que somente em nosso mundo interior.
Mais do que forçar educação às crianças, dê bom exemplo a elas. É meio clichê, mas é o que dá certo. Quantas vezes, por amor aos pais, lembrando-se deles, muitos de nós não evitamos “nos meter” em situações erradas?
Que tal esculpirmos nosso espírito com zelo e amor? Moldá-lo bem bonito? Educação é um tipo de arte por dentro.
Educar-se é fazer a mente ser como ela deve ser. Ter o fim a que se destina. É fazê-la chegar o mais próximo possível do topo, no mais alto degrau que possa alcançar; no mais alto grau a que consiga evoluir.
Uma pessoa educada já faz o mundo melhor. E cada mundo interior, se for educado, influencia outros.
Conquiste sua própria cultura! Invista. Insista. Arregace as mangas. Levante a bandeira do querer. Se necessário, crie asas! Vá além. Voe o mais longe que puder. Volte em renovo de ideias. Vá de novo, lance-se no infinito do conhecimento!
Educação tem tudo a vem com amor. A si mesmo, aos outros, ao mundo. Mesmo que ninguém saiba quem somos, se nos educamos ou educamos alguém, o mais humildemente que seja, emanamos amor a todos.
O que conseguimos absorver educacionalmente passa a ser uma parte de nós. Uma composição benigna. Ninguém tem o poder de roubar o que somos, o que conseguimos ser.
Educação paulatina, com paciência, como dom puro e leve: veremos o resultado positivo, a vida desenvolvendo-se rumo ao bem, a uma sociedade mais lúcida, passo a passo. Vivamos tentando, não há como fazer diferente.
Se nossa vida é mesmo uma só, já é interessante nos aprimorar continuamente na educação. Se houver várias vidas, seremos de todo modo obrigados a nos educar, a nos educar, a nos educar...
Um povo educado se mostra educado na rua e em casa. Não há diferença.
A educação de qualidade constrói uma civilização também de qualidade. Civilização é educação. Ser cidadão significa, simplesmente, ser educado.
Educar é mudar tudo para melhor, é ser parte dessa melhoria, é ser mais, é fazer com que outros sejam mais. Mude tudo: eduque, eduque-se, complemente-se, insista! Não perca o ânimo, não espere nada de ninguém, você está no caminho certo.
Não importa nossa condição social. Ao buscarmos cultura genuína, com amor, dedicação, igualamo-nos a reis. A bons reis. A reis benignos e dignos.
A educação e a busca cultural são como máquinas poderosíssimas! Se você se esforçar de verdade, evitando dar confiança aos obstáculos (que certamente virão), pode sair do zero e alcançar até o que ninguém jamais ousou alcançar. O impossível fica pequeno diante da força de vontade. Desenvolva-se, queira fazer, e chegará longe. No mínimo chegará a algum lugar de destaque.
Estude com interesse o que sentir ser seu dom, sua alegria. Faça o melhor que puder. Se for necessário realizar algumas pequenas adaptações no percurso, ok, pessoas inteligentes também sabem se transformar de acordo com as mudanças evolutivas do mundo.
Não adianta bater em criança. Quem tem filhos e os ama de verdade sabe que dói muito mais na gente do que neles uma palmada que seja. Dói na alma. Portanto converse. Respire fundo, conte até dez, até mil, até dez mil. Use de inteligência e calma e conseguirá orientar e dar negativas necessárias evitando a violência. Com jeito a gente consegue.
Procure conhecimento hoje, amanhã, depois de amanhã, sempre. Vá buscando informações boas, sem parar, vá: um, dois, um, dois, um, dois, como exercício: vá! Não cansa, é saúde pra mente! E, se possível (se puder!), dê uma caminhada também – ou mexa-se de algum modo: um, dois, um dois, um, dois! Saúde em todos os sentidos. Isso é igualmente educação.
Ensine algo bom às pessoas receptivas, principalmente às crianças. Você estará arquitetando cidades saudáveis inteiras, megalópoles lindas de luz espiritual no interior destes seres em expansão. Aproveite e volte a ser criança no coração, reaprendamos a ser límpidos e simples como os pequenos! E cresçamos de novo, renovados, só com coisas boas por dentro.
Guerra? Somente contra a imbecilidade! Gastem, sim, mas com educação e cultura!
Obviamente ninguém sabe tudo neste mundo. Mas se você aprecia aprender cada vez mais, se tem prazer em instruir-se, já é um sábio.
Não há como medir a sabedoria de alguém pelo que aprendeu, mas, ainda que não guardemos tudo na memória, a empreitada do conhecer já é benigna. Com o tempo, no mínimo a tarefa serve para ampliar nossa mente, clarear nosso raciocínio, refinar-nos a meditação.
“Perfeição não existe”, dizem. Porém, ao buscarmos cultura, e ao compreendermos o que é educação genuína, ao sentirmos levemente sua beleza e o roçar de seus raios luminosos em nosso íntimo, temos a intuição de que a perfeição existe, sim, em algum lugar... e de que humildemente estamos indo em direção a ela. Ainda que não a alcancemos jamais, estamos indo em direção a ela. E estar nesse caminho por si só é perfeito.
Não é obrigatório ser chato para obter alguma cultura. Conhecimento é uma coisa, chatice é outra. Aprenda. Aprenda o que puder. E aprenda também a não ser maçante. Ou importuno. Ou presunçoso. Tenhamos cuidado com isso.
Lançamos uma semente de conhecimento... em nós ou em um filho. E um filho depois pode lançar dessas sementes mágicas de informação em nós também. É bonito ver a planta do conhecimento crescer, florescer. Às vezes vira árvore grande. É natural. É como a natureza faz com ela mesma. Ela é professora de si mesma. Aluna de si mesma. Mãe de si mesma. Filha de si mesma.
Curso superior? Pós-graduação “lato” ou “stricto sensu”? Não, não estamos falando disso. Claro, quem puder galgar níveis altos deve fazê-lo. Precisamos de mestres e doutores, necessitamos de cientistas capacitados. Todavia educação é muito mais que isso; tem a ver com espírito, com reverência ao todo, a todos. Educação é beleza imponderável. Tem a ver com valores altos, com a essência do alto, e com o buscar cultural incessante: qualquer um, se bem-intencionado, pode alcançar uma boa educação.
A igualdade entre nós está justamente na compreensão mútua de nossas diferenças. Isso tem a ver com o mais elementar nível de desenvolvimento moral e intelectual. Faz parte da educação! E como faz. Todo preconceito, portanto – seja físico, cultural, filosófico ou social –, é completamente absurdo, inconcebível, somente alimentado por espíritos pequenos.
Ser cordato faz parte da educação. Evitemos ser “do contra”. Cada um tem o direito de sua própria opinião. Cada pessoa possui seus conceitos e história de vida. Discordemos, portanto, com cuidado, com respeito mútuo.
Como não somos perfeitos – e, logo, sujeitos como todo mundo a boçalidades repentinas –, temos de nos reeducar a todo instante. Caso passe por nossa mente algum pensamento meio baixo ou preconceituoso, por menor que possa parecer, e por mais breve que seja, de imediato devemos nos corrigir e afastá-los com firmeza. Autoeducação não tem fim. É luta sem trégua.
Todos os trabalhadores deveriam ter um salário digno, isso não se discute. De fato, em geral, é pouco o que se ganha no Brasil. Mas infelizmente já ouvi professores da rede pública dizendo não se importarem com os alunos porque ganham pouco. Várias vezes ouvi isto: “Os alunos que se danem, faço o básico e olhe lá, jogo na lousa qualquer coisa e espero a hora passar... não ganho pra isso!”... O quê?! Espere... Como assim? Pobres alunos de uma escola municipal, muitos deles carentes de tudo, têm culpa de governos canalhas, que não sabem valorizar seus servidores? (Fique claro, não somente os da educação! Pois não apenas os professores precisam de salário mais digno e justo). Verdadeiros educadores jamais transferem sua frustração a inocentes, ensinariam até de graça se fosse necessário! Todos têm de sobreviver, ter conforto, receber pelo esforço diário, por ter estudado, claro! Mas não confundamos: educação é amor, é dom. Todos, repito, todos os trabalhadores devem lutar por dignidade salarial, mas sem represálias a quem não tem nada a ver com isso.
Somos corpo e espírito. Particularmente creio assim. Sejamos limpos por fora, com asseio; por dentro, com alimentação correta, etc.; e por dentro do dentro, pela educação contínua, não importando a idade diante do calendário estabelecido.
Muitos precisam de aperfeiçoamento moral. Ser educado é sê-lo em sentido amplo: temos de fazer nossa parte, contribuir para uma vibração melhor no mundo, até por nós mesmos, por nossa própria felicidade e plenitude, motivando naturalmente outras pessoas, sem esperar benefício nenhum de volta. Há ainda tanta gente destreinada na alma, que exercita somente as aparências sociais, a beleza externa, a futilidade, o consumo, a arrogância. Para quê?! Uma pena. Já é tempo de maturidade e pureza, de dignidade e respeito! Não, isso não é piegas nem antiquado nem puritano: virtude, afinal de contas, é bom. Somos, sim, falhos, mas podemos nos corrigir a cada descuido, e elevar-nos todos à paz, à vida como ela deve ser, à prática da harmonia, da educação e da límpida cultura.
Mergulhar civilizadamente num mar de cultura, pescar boas noções e conhecimentos mais apurados, misturá-los com arte, temperá-los com zelo, saboreá-los devagar, alimentar nossa alma com eles... Isso faz bem à saúde mental.
Há dois sentidos aqui... Viva! Viva a Educação! Viva ela! E você também: viva-a, faça com que a educação legítima viva dentro de si. Essa é a ideia! Vamos juntos! Humildemente. Puxa, também quero vivê-la!
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em nome de Fabbio Cortez
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