deveria estar vivendo
cinquenta anos atrás pelo menos
nunca sou moderno o suficiente
sou sempre ridículo
(transtornos e retornos
de um pequeno menino complacente)
e essa adaptação forçada me irrita:
obrigam-me a correr
de desespero
cruzar sinais vermelhos
(os amarelos são sempre ridículos
como eu)
capotar, voar, tremer, dobrar
esquinas de nervoso!
e nem estou com pressa...
(de "PÚBLICO CATIVO", Rio, Oficina Editores, 2007). Leia a obra completa
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